Efeito do extrato seco de chá verde sobre fatores de risco para a nefropatia diabética

Este é o título da defesa pública de dissertação de Sáskia Ribeiro Vaz, que ocorrerá no dia 

26/02/2018 às 09:00h na Sala Murici. 

Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do extrato seco de chá verde sobre fatores de risco para a nefropatia diabética em indivíduos com diabetes. Realizou-se um ensaio clínico randomizado, duplo cego e controlado com indivíduos com diabetes tipo 1 ou tipo 2, idade superior a 18 anos e diagnóstico realizado há pelo menos cinco anos. Os indivíduos foram randomizados aleatoriamente em dois grupos: grupo controle (n=30, duas cápsulas de celulose/dia) e grupo intervenção (n=30, duas cápsulas/dia, contendo um total de 1120mg de extrato seco de chá verde). O tempo de suplementação foi de 20 semanas. Ureia sérica, creatinina sérica, relação albuminúria/creatinina, taxa de filtração glomerular, insulina, glicemia de jejum, hemoglobina glicada, capacidade antioxidante total do plasma e a atividade das enzimas antioxidantes foram analisadas. Não foram observadas alterações significativas para os marcadores do controle glicêmico, função renal e estresse oxidativo, exceto para a atividade da supéroxido dismutase. Ao final das 20 semanas, o chá verde foi capaz de manter a atividade desta enzima (14.29 U/mg de proteína no baseline e 12.51 U/mg de proteína ao final), com uma redução expressiva no grupo placebo (13.71 U/mg de proteína no baseline e 8.53 U/mg de proteína ao final das 20 semanas), sendo sua atividade maior no grupo chá verde ao final da intervenção (P=0.014). A suplementação de extrato seco de chá verde por 20 semanas preveniu a redução da atividade da superóxido dismutase, porém não proporcionou melhora da capacidade antioxidante total, marcadores do controle glicêmico e da função renal em indivíduos com diabetes.

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