Efeito da autointenção sobre o comportamento alimentar, medidas antropométricas e imagem corporal em mulheres com excesso de peso

Este é o título da defesa pública de dissertação de Marília Bohnen de Barros, que ocorrerá no dia 25/02/2019 às 09:00h no Miniauditório Jatobá.

A autointenção é um método de meditação baseado no conceito de intenção. Seu efeito nas medidas antropométricas e imagem corporal foi avaliado em um estudo piloto do tipo crossover com 17 mulheres acima do peso considerado normal (IMC>25Kg/m2). As voluntárias foram divididas em dois grupos, controle e intervenção. O período de intervenção foi de 30 dias, com washout de igual período. Após análise estatística notou-se que o tempo de washout não foi suficiente para as variáveis de peso e IMC, e portanto as mesmas foram avaliadas apenas no primeiro tempo da pesquisa, resultando em valores não significativos (p>0,05). Para as medidas de perímetro da cintura (p=0,118), perímetro braquial (p=0,503) e perímetro do quadril (p=0,331) também não foi encontrada diferença significativa entre os grupos. Em relação à imagem corporal, observou-se uma mudança nos valores de escala ideal no grupo autointenção (p=0,020) e nenhuma mudança significativa relativa à silhueta atual. Posteriormente foi realizado um ensaio clínico controlado e randomizado com o mesmo público-alvo. Foram avaliadas 20 mulheres com sobrepeso e obesidade durante oito semanas. O objetivo foi avaliar o impacto da autointenção na antropometria, imagem corporal e comportamento alimentar. Os resultados não mostraram diferença significativa entre os grupos para as variáveis de peso (p=0,428), IMC (p=0,417), perímetro do braço (p=0,261), quadril (p=0,412) e cintura (p=0,475). Também não foram observadas mudanças significativas na escala de silhueta atual e ideal bem como nos aspectos do comportamento alimentar avaliados no questionário aplicado (Trhee Factor Eating Questionnaire-R21): comer emocional (p=0,975), restrição cognitiva (p=0,818) e descontrole alimentar (p=0,818). Portanto, conclui-se que a autointenção não foi capaz de provocar mudanças nas variáveis estudadas, exceto na percepção da imagem corporal durante o estudo piloto. Tal fato pode ser consequência do tamanho amostral e do tempo de intervenção reduzidos.

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