Efeitos de diferentes volumes do treinamento resistido na qualidade de vida, fadiga, ansiedade, composição corporal e desempenho muscular em sobreviventes do câncer de mama.
Este é o tema a ser apresentado no Exame de Qualificação de Mestrado de Weder Alves da Silva , orientado pelo professor Carlos Alexandre Vieira, que ocorrerá no dia 20/08/2019 às 10:00h no Miniauditório Jatobá.
Introdução: A prática de exercício físico tem demostrado atenuar os efeitos colaterais induzidos pelo tratamento do câncer de mama, melhorando a qualidade de vida, e diminuindo os riscos de recorrência da doença em sobreviventes do câncer de mama. Objetivo: Comparar os efeitos de diferentes volumes do treinamento resistido na qualidade de vida, fadiga, ansiedade, composição corporal e desempenho muscular em sobreviventes do câncer de mama. Metodologia: Participaram do estudo 10 voluntárias randomizadas para os grupos Treinamento Resistido de Alto Volume (n= 5; 55,42±8,15 anos) ou Treinamento Resistido de Baixo Volume (n= 54,54±8,99 anos), com duração de oito semanas. Foram analisadas a força, capacidade funcional, qualidade de vida, fadiga, ansiedade e a composição corporal. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-wilk. A anova two-way medidas repetidas (2 x 2) foi utilizada para comparar as médias entre os momentos intragrupo e intergrupo. O teste de post-hoc foi utilizado para comparações múltiplas usando a correção de Bonferroni entre os momentos. O nível de significância adotado foi p ≤ 0,05. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas na massa gorda, percentual de gordura e na densidade mineral óssea intra e intergrupos. No entanto, houve diferenças na massa corporal total em ambos os grupos (p = 0,02 e 0,02, respectivamente), porém, sem diferenças intergrupos. Adicionalmente, foi encontrado diferenças significativas na massa magra intra (p = 0,02 e 0,02, respectivamente) e intergrupos (p =.0,01 e 0,01, respectivamente). Além disso, foi demonstrado melhorias intragrupos nos escores gerais de fadiga em ambos os grupos (p = 0,00 e p = 0,02, respectivamente), mas não nos escores de qualidade de vida e ansiedade. Ademais, ambos os grupos apresentaram melhorias significativas intragrupos (p = 0,00 e p = 0,01, respectivamente) na capacidade funcional durante o teste de sentar e levantar. No entanto, somente o grupo treinamento resistido de baixo volume melhorou (p = 0,02) a velocidade da marcha. Por fim, ambos os grupos aumentaram a força de membros superiores (p = 0,00 e 0,01, respectivamente) e inferiores (p = 0,00 e 0,02, respectivamente) no teste de força dinâmica, sem diferenças ente os grupos. Conclusão: A partir do exposto, é possível concluir que, independente do volume de treinamento, ambos os grupos melhoraram a composição corporal, aumentaram a força, bem como a capacidade funcional e reduziram os escores relacionados a fadiga.