Avaliação do ângulo de fase e fadiga em pacientes com câncer

Este é o tema a ser apresentado no Exame de Qualificação de Mestrado de Tatyanne Letícia Nogueira Gomes, orientada pelo professor Gustavo Duarte Pimentel, que ocorrerá no dia 22/08/2019 às 08:30h no Miniauditório Jatobá.

O objetivo desse trabalho foi avaliar a prevalência de fadiga em pacientes oncológicos e verificar a associação do ângulo de fase (AF) com a presença de fadiga nesses pacientes. Estudo transversal conduzido com 135 pacientes de ambos os sexos, com diagnóstico de câncer e que estavam em tratamento. Foram coletados peso corporal, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), força de aperto de mão (FAM), performance status e presença de caquexia. Adicionalmente, foi avaliada composição corporal por bioimpedância para obter o AF e nível de hidratação. Para identificar a fadiga, foi aplicado o questionário Functional Assessment of Cancer Therapy Fatigue (FACT-F), considerando como ponto de corte para a presença de fadiga moderada a intensa <34 pontos na subescala de fadiga. Dos 135 pacientes avaliados, 43% apresentaram fadiga, sendo que destes 37.2% eram homens e 63.4% das mulheres. Na análise de regressão logística, nós observamos que os pacientes com maiores valores de AF apresentaram menor risco para fadiga no modelo sem ajuste (OR: 0,92 IC 95%[0.86-0.99], p= 0.03), bem como após os ajustes para o peso, idade e sexo (OR: 0,91 IC 95%[0.83-0.99], p= 0.02). Como conclusão, 43% dos pacientes com câncer apresentaram fadiga e aqueles com maior AF apresentaram 9% de proteção em desenvolver a fadiga.