Treinamento de força explosivo versus tradicional na melhora da força, capacidades funcionais e a transferência para atividades de vida diárias em idosos
Este é o tema a ser apresentado no Exame de Qualificação de Mestrado de Itamar Pedro Vieira, orientado pelo professor Paulo Roberto Viana Gentil, que ocorrerá no dia 28/08/2019 às 14:00h na Sala Murici.
Este estudo comparou o efeito de oito semanas de um programa de treinamento de força tradicional (TFT) até a falha momentânea versus treinamento de potência (TP) em idosos, no desempenho funcional e força muscular. Vinte e um indivíduos com idade média de (67,87 ± 6,3 anos) completaram as oito semanas de treinamento e realizaram as avaliações pré e pós. Eles foram alocados em dois grupos: TFT (n= 10) e TP (n= 11). Foi avaliada a capacidade dos voluntários produzirem força máxima nos seguintes exercícios: leg press, supino e cadeira extensora. Foi avaliada também a capacidade dos participantes de sentar e levantar (30-Second Chair Stand), timed-up-and-go (TUG) e arremesso de medicine ball. Juntamente com a percepção da qualidade de vida por questionários específicos. Após a intervenção, todos os grupos melhoraram a força muscular no leg press de forma similar e significativa (TP: p=0,008 TRT: p=0,004). No supino, o grupo TP teve uma pequena redução na força (inicio: 21,50±1,63 e final: 20,90±5,62), mas não significativa (p=0,607). Já o grupo TFT aumentou significativamente sua capacidade de força em comparação ao momento inicial e ao TP no momento final com diferença significativa entre grupos (p=0,001). Na cadeira extensora, apenas o grupo TRT ganhou força muscular de forma significativa entre o momento inicial e final (34,25±7,73 e 39,00±8,75, p=0,002). O grupo TP aumentou ligeiramente sua capacidade sem significância (início: 33,191±3,30 e final: 34,72±7,44, p=0,292). Houve um efeito significativo em ambos os grupos TP e TRT no desempenho do TUG em relação ao momento inicial e final, p=0,050 e p=0,009, mas sem diferença significativa (p=0,944) na interação entre grupos. Todos os grupos de treinamento exibiram melhoras significativas no desempenho do Chair Stand (p=0,007 e p=0,000) para TP e TRT respectivamente, sem diferenças entre os grupos. Melhoras significativas também foram observadas em ambos os grupos (TP: p=0,012 TRT: p=0,000) para os desempenhos de arremesso de medicine ball. Porém não houve diferença entre os grupos no momento final (p=0,594). Devido possivelmente à menor intensidade do TP, o TFT se mostrou superior no desempenho de força máxima. Ambos os protocolos se mostraram eficientes na melhora significativa das capacidades funcionais.