Avaliação in vitro do potencial prebiótico dos resíduos de puçá (Mouriri elliptica Mart.) e gabiroba (Campomanesia adamantium (Cambess.)) O. Berg em diferentes espécies de micro-organismos probióticos

Este é o tema a ser apresentado no Exame de Qualificação de Mestrado de Jéssica Pereira Barbosa , orientada pela professora Patrícia Amaral Souza Tette, que ocorrerá no dia 17/07/2020 às 08:30h no Ambiente Virtual – via Google Meet.

O puçá (Mouriri elliptica Mart) e a gabiroba (Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg) são frutos do Cerrado destacados na literatura quanto à qualidade nutricional e conteúdo de compostos bioativos benéficos à saúde. No entanto, ainda não há estudos sobre o potencial prebiótico de seus resíduos, compostos por casca e sementes. O objetivo deste estudo foi investigar o potencial prebiótico do resíduo liofilizado de puçá (RLP) e do resíduo liofilizado de gabiroba (RLG). Os resíduos foram avaliados como fonte de carbono para o crescimento de bactérias probióticas (Lactobacillus acidophilus e Lactobacillus casei) por ensaio de microplacas, determinação de células viáveis e atividade metabólica. Foram avaliados meios MRS modificados: sem fonte de carbono, com 20 g.L-1 de glicose, com 20 g.L-1 de frutooligossacarídeos (FOS) e diferentes concentrações de RLP e RLG. Em relação à composição centesimal, os resíduos apresentaram altos teores de fibras insolúveis e teor de fenólicos totais interessantes para explicar o provável potencial prebiótico.Verificou-se que a glicose foi o melhor substrato para o crescimento de L. acidophilus, seguido por FOS e RLP 10 g.L-1, 15 g.L-1 e 20 g.L-1, respectivamente. L. casei também apresentou melhor crescimento com a glicose, seguido de FOS e RLP a 5 g.L-1 e 10 g.L-1. Os valores de pH nos meios de ambas as culturas probióticas contendo RLP apresentaram declínio significativo, o que leva a acreditar na propriedade do RLP como fonte de carbono para o crescimento de bactérias probióticas. Dessa forma, em análises futuras a concentração de 20 g.L-1 do resíduo será padronizada e experimentos serão conduzidos com o RLG e com Lactobacillus paracasei e Bifidobacterium animalis.