Polimorfismos Genéticos relacionados ao perfil lipídico de adultos jovens: associação com a alimentação
Este é o tema a ser apresentado no Exame de Qualificação de Mestrado de Ana Carolina Antoneli dos Anjos, orientada pela professora Maria Aderuza Horst, que ocorrerá no dia 27/08/2020 às 09:00h no ambiente virtual.
Link para a qualificação: https://meet.google.com/rqv-mnnq-xye
Objetivo: este trabalho teve por objetivo identificar a associação entre polimorfismos e alterações nos biomarcadores do perfil lipídico de adultos jovens, bem como avaliar as possíveis interações com a alimentação e estilo de vida, visto que as doenças cardiovasculares é uma das principais causas de morte no mundo, hoje, de forma precoce. Método: o estudo é analítico, do tipo transversal, para isso foram recrutados (n=200) participantes vinculados a Universidade Federal de Goiás de 19 a 24 anos, aparentemente saudáveis e colhidas informações socioeconômicas, estilo de vida, consumo alimentar, exames bioquímicos para perfil lipídico e genotipagem. Realizou regressão linear múltipla para verificar as associações de todas as variáveis com o perfil lipídico, o consumo de nutrientes foi ajustado ao valor energético. Resultados: os principais resultados mostram que população é composta por 73,5% de mulheres, média de idade de 23,8 ± 1,67 anos, acima de 50% dos adultos jovens apresentam inatividade física, consumo de álcool e colesterol elevado (>200mg/dia) e baixa ingestão de fibras totais (<25g/dia). Significativamente (p<0,05), as frações de colesterol, HDL, LDL, N_HDL-c e TG associou com a composição corporal, consumo alimentar, cor de pele parda e antecedentes familiares para dislipidemia. Esses achados corroboram com outros estudos realizados na mesma população, em todo o mundo, mostrando que é o pouco o interesse pelo estilo de vida saudável nos adultos jovens, hábitos alimentares como fator de risco para dislipidemias e doenças cardiovasculares, além de hábitos alimentares como fator de risco para doenças crônicas. Os antecedentes familiares para dislipidemia nesta população foram acima de 30%, chamando a atenção para as possíveis variações genéticas neste público, sabe-se que as doenças crônicas são multifatoriais, e a nutrigenética nos auxilia a entender a gêneses de várias doenças crônicas, inclusive as doenças cardiovasculares. Conclusão: é necessário um olhar holístico para este público, com orientações e incentivo ao estilo de vida saudável, para que assim, previna de forma precoce as doenças crônicas não transmissíveis relacionadas a alimentação (DCNT-RN), em especial, as doenças cardiovasculares.