Potencial prebiótico de diferentes categorias de fibras alimentares

Este é o tema a ser apresentado no Exame de Qualificação de Mestrado de Esther Santana Vaz Rezende, orientada pela professora Maria Margareth Veloso Naves, que ocorrerá no dia 27/08/2020 às 09:00h no ambiente virtual.

Link para a qualificação: meet.google.com/xgj-jsyo-jbk

Avaliar in vitro o potencial prebiótico das seguintes fibras alimentares: polidextrose, pectina, amido resistente e celulose em comparação com o frutooligossacarídeo (FOS) - prebiótico padrão. Foi realizada a verificação da viabilidade da cultura do probiótico L. acidophilus (LA-05) em leitura de densidade óptica 625 nm (OD625) igual a 0,8. Esta suspensão forneceu contagens de células viáveis de aproximadamente 6 log UFC mL-1, quando semeadas em ágar MRS. Avaliou-se o efeito prebiótico por meio da formulação de caldo MRS não padrão. Em cada caldo uma fonte de fibra alimentar foi usada como meio de cultivo bacteriano. Foi realizado um ensaio com microplaca para verificar a capacidade da cepa LA -05 em utilizar as fibras alimentares como fonte de carbono. O crescimento bacteriano (absorbância na densidade óptica - OD 655 nm) foi monitorado em diferentes intervalos de tempo (0 - após homogeneização, 12, 18, 24, e 48 h após a incubação). Por fim, para determinação de atividade metabólica da cepa de lactobacillus foi realizada a medição dos valores de pH. A variação de pH foi monitorada nos meios com fibra em diferentes intervalos de tempo (0 - logo após homogeneização e 12, 18, 24 e 48 h de pós-incubação). No ensaio com microplacas, o crescimento de LA-05 no meio contendo amido resistente não apresentou diferença significativa (Tukey, p≤0,05) na maioria dos intervalos de tempo, quando comparado com o meio sem fonte de carbono. Dentre as fibras com potencial prebiótico, a polidextrose variou significativamente (Tukey, p≤0,05) do meio sem fonte de carbono, obtendo, assim, o maior crescimento e sobrevivência de LA-O5 na microplaca. A redução de pH nos meios contendo amido resistente e no meio com celulose não apresentaram diferença significativa (Tukey, p≤0,05). Observa-se também, que a redução das curvas de pH nessas duas fibras foram similares com o meio sem fonte de carbono. Por outro lado, a polidextrose e a pectina tiveram redução significativa de pH, quando comparadas com o meio sem fonte de carbono. Os resultados com a polidextrose são promissores, porém análises futuras devem ser realizadas para completar a avaliação do potencial prebiótico dessas fibras.