Índice Inflamatório da Dieta de Adultos com Síndrome de Obesidade Eutrófica e Associação com Parâmetros Metabólicos
Este é o tema a ser apresentado no Exame de Qualificação de Mestrado de Aline Nogueira Queiroz, orientada pela professora Luciana Bronzi de Souza, que ocorrerá no dia 28/08/2020 às 14:00h no Ambiente Virtual.
Link para assistir a qualificação: https://meet.google.com/wgi-nvnt-rxi
Objetivo: Determinar os escores do Índice Inflamatório da Dieta (IID), possíveis associações com parâmetros cardiometabólicos e pró-inflamatórios e possíveis diferenças entre parâmetros antropométricos, de consumo alimentar, cardiometabólicos e inflamatórios e de indivíduos adultos com a Síndrome da Obesidade Eutrófica (SOE) e sem SOE. Metodologia: Este estudo é caracterizado como transversal, onde foram selecionados indivíduos com idade entre 20 e 59 anos e IMC eutrófico (18,50 e 24,99 kg/m²), de ambos os sexos. Os pontos de corte para a classificação da SOE foi de percentual de gordura ≥ 30%para mulheres e para homens, ≥ 19%. As variáveis estudadas foram: idade, sexo, classificação dos indivíduos em portadores da SOE ou não portadores da síndrome, IID, parâmetros antropométricos, cardiometabólicos, inflamatórios e de consumo alimentar. Resultados: Ao final do recrutamento, 224 voluntários, sendo 67,4% do sexo feminino, foram incluídos no estudo. Desses, 159 indivíduos foram caracterizados como SOE. Com relação ao as diferenças entre os grupos e padrões antropométricos, cardiometabólicos e inflamatórios encontrou-se que os indivíduos com SOE apresentaram valores significativamente mais altos em todos os parâmetros avaliados, inclusive para a média do IID entre os grupos [1,1 (0,3 - 2,2) e 1,6 (0,5 - 2,8) com p= 0,04)], exceto para o fibrinogênio. Quanto as análises de consumo alimentar, o grupo não SOE apresentou todas as variáveis com valores significativos aumentados. Na avaliação onde os indivíduos foram divididos entre acima ou abaixo da mediana do IID, encontrou-se que os indivíduos acima da mediana, ou seja, com dieta mais pró-inflamatória, apresentaram valores significativamente aumentados quanto a HbA1c para os parâmetros cardiometabólicos e apresentaram consumo aumentado para todas as variáveis com significancia, exceto para o consumo de fibras. Nas análises de associação múltipla com desfecho sendo a SOE e o IID utilizado em relação ao aumento de seus scores, encontrou-se que o aumento de uma unidade no IID aumenta a chance em 20% do indivíduo pertencer ao grupo com SOE. Para o desfecho quanto a mudança de composição corporal, encontramos que o aumento em uma unidade de escore IID eleva em 0,71 kg na gordura androide e o aumento em uma unidade de escore IID eleva em 0,55 kg na gordura ginóide. Conclusão: Indivíduos caracterizados como SOE podem apresentar risco aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas e IID com escores aumentados para essa população.