
Perfil de ácidos graxos séricos e o consumo de alimentos ultraprocessados de mulheres com obesidade severa
Este é o tema a ser apresentado no Exame de Qualificação de Mestrado de Karem Lays Soares Lopes, orientada pela professora Flávia Campos Corgosinho, que ocorrerá no dia 29/09/2020 às 09:00h no Ambiente Virtual.
Link para qualificação: meet.google.com/igt-iapi-wbn
Introdução: A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública do mundo. Esta doença crônica de origem multifatorial é considerada fator de risco para o desenvolvimento e agravo de diversas comorbidades. No mecanismo de surgimento da obesidade, o balanço energético favorável crônico tem papel de primordial. Neste sentido, a dieta destaca-se como fator importante para o surgimento da doença e consequentes alterações bioquímicas. O alto consumo de alimentos industrializados dos últimos anos pode estar relacionado com o aumento da obesidade e de distúrbios que envolvam o metabolismo, transporte e armazenamento de ácidos graxos; Objetivo: Este estudo tem por objetivo avaliar se o consumo alimentar influência no perfil de ácidos graxos séricos de mulheres com obesidade severa; Metodologia: Trata-se de um estudo transversal analítico descritivo realizado com mulheres com obesidade grave que submetidas à cirurgia bariátrica. A coleta de dados foi composta de avaliação antropométrica, aplicação de Questionário de Frequência Alimentar e coleta de sangue. O sangue coletado foi usado para realização de lipidograma e para posterior dosagem de ácidos graxos séricos. O consumo de alimentos identificado no QFA foi classificado quanto ao grau de processamento desses segundo a NOVA. Os dados encontrados foram tabulados no Excel e submetidos às análises estatísticas necessárias no programa IBM SPSS Statistics, versão 21. O nível de significância das análises foi fixado em 5%. O presente estudo foi aprovado pelos devidos comitês de ética e registrado em todas as plataformas de pesquisas necessárias; Resultados: O estudo contou com uma amostra de 44 mulheres, com idade média de 40,59 anos. o IMC médio da amostra foi de 48,61 kg/m2 e 100% das voluntárias da pesquisa apresentavam risco aumentado para doenças cardiovasculares e risco metabólico. Foi observada uma correlação negativa entre as variáveis “score de consumo médio de alimentos ultraprocessados” e “HDL”, com p = 0,035. As análises por tercis de consumo médio de alimentos ultraprocessados mostraram que a variável “colesterol total”, apresentou valor estatístico significativo (p = 0,029), para uma comparação entre os tercis 1 (n = 11) e 3 (n = 11). Além disso, “colesterol total” (0,113), “consumo total de alimentos in natura” (0,135) e “consumo médio de alimentos in natura” (0,134) apresentaram amplo efeito clínico, de acordo com o tamanho do efeito.