card-campus-colemar-ufg

Avaliação do perfil de ácidos graxos séricos, lipidograma e o consumo de alimentos, de acordo com o grau de processamento, de mulheres com obesidade severa

Este é o tema a ser apresentado no Exame de defesa de dissertação de Mestrado de Karem Lays Soares Lopes, orientada pelo professor Gustavo Duarte Pimentel, que ocorrerá no dia 30/08/2021 às 08:00h via webconferência.

Introdução: A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública do mundo. Esta doença crônica de origem multifatorial é considerada fator de risco para o desenvolvimento e agravo de diversas comorbidades. No mecanismo de surgimento da obesidade, o balanço energético posito crônico tem papel de primordial. Neste sentido, a dieta atua como fator importante para o ganho de peso e consequentes alterações bioquímicas. O alto consumo de alimentos industrializados dos últimos anos pode estar relacionado com o aumento da obesidade e de distúrbios que envolvam o metabolismo, transporte e armazenamento de ácidos graxos. A hipótese deste estudo é que o consumo ultraprocessados pode contribuir para um perfil de ácidos graxos plasmáticos menos saudável e um perfil de lipoproteínas desequilibrado; Objetivos: avaliar se o consumo de alimentos ultraprocessados influência no perfil de ácidos graxos séricos e no lipidograma de mulheres com obesidade severa; Metodologia: trata-se de um estudo transversal analítico descritivo realizado com mulheres com obesidade grau 3. A coleta de dados foi composta de avaliação antropométrica, aplicação de Questionário de Frequência Alimentar e coleta de sangue para realização de lipidograma e dosagem de ácidos graxos séricos. O consumo de alimentos identificado no QFA foi classificado quanto ao grau de processamento desses segundo a NOVA. As voluntárias foram agrupadas de acordo com o tercil de consumo de alimentos ultraprocessados. Os dados foram tabulados no Excel e submetidos às análises estatísticas necessárias no programa IBM SPSS Statistics, versão 21. O nível de significância das análises foi fixado em 5%; Resultados: Este estudo incluiu 44 mulheres, com idade média de 40,59 anos. O IMC médio foi de 48,61 kg/m2 e 100% das voluntárias da pesquisa apresentaram risco aumentado para doenças cardiovasculares e risco metabólico, de acordo com CA e CP. Foi observada uma correlação negativa entre “escore de consumo médio de alimentos ultraprocessados” e “HDL” (p=0,035). As análises por tercis de consumo médio de alimentos ultraprocessados mostraram que o grupo tercil 1 apresentou maior média de colesterol total em comparação ao tercil 3 (p = 0,029). Além disso, observou-se um elevado tamanho de efeito nas variáveis “colesterol total”, “consumo total de alimentos in natura” e ‘consumo médio de alimentos in natura”; Conclusão: Os resultados preliminares encontrados neste estudo sugerem uma possível função protetora do consumo de alimentos in natura à saúde.