
Potencial prebiótico de fibras alimentares: classificação por categorias prebióticas e avaliação em modelo de fermentação in vitro
Este é o tema a ser apresentado no Exame de defesa de dissertação de Mestrado de Esther Santana Vaz Rezende, orientada pela professora Maria Margareth Veloso Naves, que ocorrerá no dia 31/08/2021 às 15:00h via webconferência.
Link para webconferência: meet.google.com/nhi-kgny-mhy
As fibras alimentares são os principais ingredientes utilizados para a fermentação bacteriana no trato gastrointestinal, porém nem todas as fibras são classificadas como prebióticos. Este estudo avaliou o potencial prebiótico in vitro de diferentes fibras alimentares comerciais: amido resistente, polidextrose pectina e fruto-oligossacarídeo; e comparou o efeito prebiótico de fibras alimentares intrínsecas (matriz alimentar do albedo de laranja), das processadas comercialmente em Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei e Bifidobacterium animalis subsp. lactis BB-12. A quantificação de células viáveis e a determinação de pH foi realizada nos probióticos durante 48 h de cultivo em caldos contendo como única fonte de carbono cada uma das amostras testadas (20g/L). O escore de atividade prebiótica investigou os efeitos de promoção de crescimento nas cepas probióticas. Todas as amostras testadas apresentaram valores de escore positivos. O maior escore de atividade prebiótica (p ≤ 0.05) foi observado no cultivo de Lactobacillus acidophilus (1.075) em caldo contendo albedo de laranja. Durante o período de cultivo a maior quantificação de células viáveis nas cepas testadas ocorreu nos caldos com glicose, fruto-oligossacarídeo e albedo de laranja que não diferiram significativamente (p > 0,05). Entre as cepas testadas, Bifidobacterium animalis exibiu os menores (p ≤ 0,05) valores de pH. Os caldos contendo glicose, fruto-oligossacarídeo e albedo de laranja no final do período de incubação apresentaram as maiores (p ≤ 0,05) alterações de pH nas cepas testadas, seguidos por polidextrose e pectina. O meio contendo amido resistente na presença de Lactobacillus acidopilus e Lactobacillus casei não exibiu diferença de pH (p > 0,05), em comparação ao meio sem fonte de carbono. Em geral, entre as amostras testadas, o albedo de laranja apresentou os melhores efeitos estimuladores sobre o crescimento e metabolismo de Lactobacillus acidophilus, Lactobaillus casei e Bifidobacterium animalis. Os resultados favoráveis encontrados no albedo de laranja contribuem para incentivar o consumo de fibras endógenas aos alimentos.