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Associação da razão neutrófilo-linfócito com a força muscular: dados do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) – 1999-2002

Este é o tema a ser apresentado no Exame de Qualificação de doutorado de Patrícia Cristina Barreto Lobo, orientada pelo professor Gustavo Duarte Pimentel, que ocorrerá no dia 21/02/2022 às 08:30h via webconferência.

Link para a qualificação: https://meet.google.com/zpi-jggp-mmc

Resumo da versão preliminar do trabalho: 

A diminuição da força muscular começa na vida adulta e intensifica-se com o envelhecimento, devido ao processo inflamatório presente em idosos. A dosagem de marcadores inflamatórios como Interleucina-6, Proteína C-reativa (PCR) e o Fator de Necrose Tumoral α, têm sido realizada para monitorizar a perda da força muscular. Nesse sentido, é questionado se a razão neutrófilo-linfócito (RNL), também está associada com a força muscular. Assim, considerando as informações disponíveis no banco de dados National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), o objetivo deste trabalho foi avaliar a associação da RNL com a força muscular da população Americana adulta de meia-idade e idosa. Trata-se de um estudo transversal, que incluiu indivíduos >50 anos participantes do NHANES (1999-2002) conforme os critérios de elegibilidade para o teste de força muscular. Os critérios de exclusão foram a ausência de valores de força muscular (força pico), parâmetros antropométricos (massa corporal e estatura), avaliação dietética e dosagem bioquímica de neutrófilo, linfócito e PCR. Também foram excluídos os participantes que não se adequavam aos critérios plausíveis do teste de força, realizado pelo Kinetic Communicator isokinetic dynamometer. A RNL foi obtida pela divisão da contagem total de neutrófilos por linfócitos e a PCR pelo método de nefelometria de látex. A amostra foi caracterizada por dados demográficos, condições de saúde e estilo de vida, antropometria, nível de força, ingestão dietética e parâmetros bioquímicos. As variáveis foram divididas em tercis de RNL e de PCR, seguida de análise de regressão linear (modelo bruto e ajustado), sendo os ajustes: a idade, sexo, raça, estado civil, renda, escolaridade, índice de massa corporal (IMC), ingestão total de quilocalorias, proteínas, consumo de álcool, tabagismo, nível de atividade física, hipertensão, diabetes, artrite e câncer, todos estratificadas por sexo, com adição do ajuste de menopausa para as mulheres. Foi considerado o p de tendência para associação entre as variáveis, o peso amostral do NHANES para seleção dos indivíduos e a significância de 5% (p<0.05). Como resultado, não encontramos associação entre RNL e a força pico, mas houve associação inversa entre PCR e força em homens [2º tercil β = -3.3 (-15.9; 9.2); 3º tercil β = -24.7 (-41.2; -8.2), p = 0.005]. Concluímos então, que existe associação negativa entre PCR e força muscular em homens.