card-campus-colemar-ufg

EXAME DE QUALIFICAÇÃO: Fabiana Martins Kattah

O evento ocorrerá no dia 29/07/2022, às 14:00h via webconferência.

Link para a transmissão:  http://meet.google.com/dmf-vkfr-fez

 

Título do trabalho:

PAI-1 como marcador de risco cardiometabólico em mulheres com obesidade severa.

 

Orientador(a):

Flávia Campos Corgosinho.

 

Resumo:

 

Introdução: A obesidade está diretamente associada a complicações cardiometabólicas. O Índice aterogênico do plasma (AIP) é uma ferramenta utilizada para triagem de risco cardiovascular. Uma das citocinas cuja expressão está aumentada na obesidade e que aumenta o risco cardiometabólico é Inibidor do ativador de Plasminogênio-1 (PAI-1). Entretanto, não é frequentemente avaliada na prática clínica, sendo importante buscar ferramentas fáceis que se correlacionem. Objetivo: Avaliar a relação dos níveis séricos de PAI-1 com marcadores do risco cardiometabólico e com a morfologia do tecido adiposo em mulheres com obesidade severa. Métodos: Estudo realizado em um Hospital público de Goiânia, aprovado pelo comitê de Ética da Universidade Federal de Goiás (parecer 3.251.178) e do Hospital (parecer 961/19). Foram selecionadas 49 mulheres com obesidade severa (IMC > 40kg/m2) e idade entre 20 e 59 anos e todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram coletados dados antropométricos e amostras de sangue para análise do perfil metabólico, inflamatório e hepático. As citocinas avaliadas (PAI-1 e adiponectina) foram dosadas por ELISA. As análises estatísticas foram feitas pelo SPSS e as pacientes foram agrupadas com base na mediana de PAI-1. Resultados: As voluntárias apresentavam média de 40 anos e IMC e circunferências compatíveis com obesidade severa. Ademais, apresentavam risco cardiometabólico avaliando perfil glicídico e lipídico. Houve correlação positiva entre AIP e TGP (r=0,439; p=0,004); TG e TGP (r= 0,408; p=0,07) e QUICKI e adiponectina (r=0,460; p=0,002) e correlação negativa entre adiponectina e AIP (r= - 0,352; p = 0,019) e TG (r= -0,380; p=0,011), e entre QUICKI e TGP (r=-0,375; p=0,014). Ao dividir os grupos, o com menor valor de PAI-1 apresentou maior HDL e QUICKI e menor TGP. Nesse mesmo grupo houve correlação entre CP e HDL (p = -0,504; p=0,017) e entre QUICKI e CP (r=-0,707; p=0,000), CA (r=-0,522; p=0,018) e adiponectina (r=0,472; p=0,027). No grupo com alto valor de PAI-1 houve correlação AIP com TGP (r=0,521; p= 0,018) e QUICKI com adiponectina (r=0,447; p=0,048). Conclusão parcial: mulheres com obesidade severa com maiores valores de PAI-1 apresentam maior risco cardiovascular, metabólico e hepático. Futuras análises: Correlação entre PAI-1 e morfologia do tecido adiposo.