
DEFESA DE MESTRADO: Larissa Morinaga Matida
O evento ocorrerá no dia 30/08/2022, às 13:00h, Via webconferência.
Link da videochamada: https://meet.google.com/ziu-
Título do trabalho:
Carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço: associação entre sobrevida, expressão de microRNAs e classificação NOVA da alimentação.
Orientadora:
Maria Aderuza Horst.
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo identificar se o consumo alimentar e a expressão do microRNA-31 e do microRNA-375 estão associados entre si e à taxa e tempo de sobrevida de pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. Trata-se de um estudo observacional analítico transversal. Foram incluídos 135 pacientes com diagnóstico de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço em fase de prétratamento, de ambos os sexos, com idade entre 20 e 80 anos. Dados como idade, sexo, tabagismo, etilismo, sítio anatômico primário do tumor, estadiamento e diferenciação tumoral foram obtidos de prontuários. Para avaliação da ingestão alimentar foi utilizado um questionário de frequência alimentar e os dados de consumo foram avaliados pela classificação NOVA em ultraprocessados, processados e in natura ou minimamente processados ou preparações culinárias à base desses alimentos. A expressão do microRNA-31 e do microRNA-375 foi realizada em amostras de saliva por transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase em tempo real e a atualização do status de sobrevida foi levantado dos prontuários ou por contato telefônico. A maioria da amostra é do sexo masculino (78,5%) com idade média de 58,91 anos, tabagistas (89,6%) e etilistas (83,7%). A localização anatômica predominante foi de tumores em orofaringe (37,0%). Quanto ao estadiamento, observou-se que mais de 82% dos pacientes estavam em estágio avançado (III e IV) da doença. A hiperexpressão do microRNA-31 foi identificada em 54,0% dos pacientes, enquanto 63,5% apresentaram hipoexpressão do microRNA-375. O consumo de alimentos não mostrou associação significativa com a sobrevida e expressões do miR-375 e miR-31. Os resultados não sugerem que o processamento de alimentos pode influenciar na sobrevida do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. Entretanto, mais estudos são necessários para melhor compreender o efeito relativo das várias dimensões do processamento no prognóstico desta neoplasia.