DEFESA DE MESTRADO: Nara Rubia da Silva

Link da transmissão: meet.google.com/rst-igjy-mte

Título do trabalho:

Qualidade do sono e concentração de leptina e adiponectina em mulheres com obesidade severa.

Orientadora:

Maria Aderuza Horst.

Resumo:

Objetivo: Avaliar a associação entre a qualidade do sono e concentrações das adipocinas leptina e adiponectina em mulheres com obesidade severa. Métodos: Estudo transversal, analítico descritivo, com mulheres diagnosticadas com obesidade severa (OS), candidatas a cirurgia bariátrica e idade entre 20 e 59 anos. Foram coletados dados antropométricos de peso, estatura, circunferência do pescoço e da cintura, e ainda amostras de sangue. As concentrações de leptina e adiponectina foram analisadas pelo ensaio imunoenzimático ELISA e calculadas as razões Leptina/Adiponectina e Adiponectina/Leptina. Para a avaliação da qualidade do sono foram aplicados os questionários de Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg (PSQI) e a Escala de Sonolência de Epworth (ESE) agrupando a amostra em dois grupos “bons e maus dormidores” para PSQI e sonolência excessiva (SDE) e sonolência diurna normal para ESE. As correlações de Pearson e Spearman foram realizadas para verificar a relação entre os valores de leptina, adiponectina e razões lep/adipo e adipo/lep com as demais variáveis. E por fim, o modelo linear generalizado (GLZM) para comparação. Resultados: A amostra total apresentou média de idade de 40,1 ± 8,59 anos; IMC de 48,19 ± 7,05 kg/m²; e ambas as circunferências aumentadas. Das análises, fazendo uso de PSQI não foram encontradas associações quanto a qualidade do sono. Contudo, ao avaliar os dados de ESE foi identificada a prevalência de sonolência excessiva diurna (42,2%). As participantes com OS e SDE apresentaram maior razão leptina/adiponectina (p=0,009) e menor razão adiponectina/leptina (p=0,007). Conclusão: Mulheres com obesidade grave e sonolência diurna excessiva apresentam maior índice pró-inflamatório e menor anti-inflamatório. O questionário de Epworth mostrou-se uma ferramenta a ser considerada na prática clínica, correlacionando-se com marcadores inflamatórios em mulheres com obesidade severa.