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DEFESA DE MESTRADO: Millena Nazaré de Carli

O evento ocorrerá no dia 01/03/2023, às 08:30h, no Miniauditório Jatobá.

Título do trabalho:

Avaliação do aleitamento materno no primeiro mês de vida entre mulheres com e sem diagnóstico de COVID-19 durante a gestação.

 

Orientadora:

Ana Amélia Freitas Vilela.

 

Resumo:

Introdução: O período gestacional é caracterizado por diversas alterações corpóreas na mulher, com alterações fisiológicas e metabólicas a fim de suprir as demandas de crescimento e desenvolvimento fetal. Essas modificações no volume sanguíneo, capacidade respiratória e pulmonar, podem significar um pior prognóstico em mulheres infectadas com COVID-19, já que o principal órgão acometido por esta doença, é o pulmão. As gestantes e puérperas foram incluídas como grupo de risco justamente por estas alterações fisiológicas esperadas no período gestacional. Neste contexto, a amamentação também é um assunto muito discutido, visto que no início do período pandêmico, existiam poucas evidências sobre a segurança da amamentação neste período e se havia possibilidade de transmissão vertical ou pelo leite materno. Objetivo: Avaliar o aleitamento materno no primeiro mês de vida entre mulheres com e sem diagnóstico de COVID-19 durante a gestação. Metodologia: O estudo é do tipo coorte, realizado em Unidades Básicas de Saúde de seis regiões de Goiânia-Goiás. Participaram do estudo mulheres gestantes e puérperas de 20 a 40 anos, sem doenças prévias ou que se desenvolveram durante a gestação, gestação única e bebês até o primeiro mês de vida que tenham nascido a termo e sem anomalias congênitas. Os dados foram coletados por via telefônica, em três etapas: a partir da 35ª semana de gestação, de 7 a 15 dias de pós-parto e no primeiro mês de vida do bebê. A variável de exposição foi o diagnóstico de COVID-19 e o desfecho a amamentação. Como covariáveis foram inseridas as variáveis de dados demográficos (idade, cor da pele, renda e estilo de vida), obstétricos (número de gestações e partos prévios), antropometria materna (peso pré-gestacional e atual, estatura, e IMC pré-gestacional), sobre a COVID-19 (testes positivos, sintomatologia, dias de sintomas, método diagnóstico e hospitalização) e aleitamento materno (exclusivo, misto ou uso de fórmulas infantis). Resultados preliminares: Foram avaliadas até o momento atual, 114 gestantes no primeiro seguimento, 70 puérperas no segundo seguimento e 55 no terceiro seguimento, com média (desvio-padrão) de idade de 26,5 (5,0) anos, 2,0(1,15) gestações e a maior parte estava com sobrepeso antes da gestação, com IMC médio pré-gestacional de 25,4(5,8) kg/m2. Foram infectadas com COVID-19 40 (35,0%) mulheres sendo 25,4% durante a gestação, 5,2% no puerpério imediato e 4,3% no primeiro mês após o parto. Sobre a amamentação, a grande maioria dos bebês até os primeiros 15 dias de vida, foram amamentados exclusivamente (85,1%; n = 59) e no primeiro mês de vida (58,1% ; n = 32). Conclusão: Sustentando-se a hipótese levantada pelo estudo, da baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo em mulheres contaminadas com COVID-19.