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Staphylococcus aureus isolados de linguiças suínas e de frango do tipo frescal: perfil de suscetibilidade e caracterização molecular

Este é o tema da dissertação que será defendida hoje, dia 30/03/2015 pela mestranda Larissa Gomes Bernardo, às 14:30h no Miniauditório Jatobá/FANUT/UFG. Saiba mais sobre a pesquisa.

Este estudo teve como objetivo isolar e identificar S. aureus em linguiças frescais, fabricadas artesanalmente ou de modo industrial, e caracterizar os isolados quanto à suscetibilidade a antimicrobianos e à presença de genes de virulência. Foram coletadas 86 amostras de linguiças frescais, suína e de frango, em açougues do Município de Aparecida de Goiânia, Goiás. A temperatura das linguiças também foi aferida no momento da coleta. Após análise microbiológica, realizou-se o antibiograma pela técnica de disco-difusão, tipagem microbiana por eletroforese em gel em campo pulsado e detecção de genes de virulência pela Reação em Cadeia de Polimerase. A maioria das linguiças coletadas (68,6%) apresentaram temperatura superior a 4 ºC, variando de 4,98 ºC a 9,89 ºC. Seis amostras estavam contaminadas por Staphylococcus sp., sendo obtidos sete isolados, porém com contagens dentro do padrão estabelecido pela legislação brasileira em vigor (5,0 x 103 UFC/g). Dos sete isolados, três obtidos de amostras de marcas distintas, coletados em açougues diferentes, foram identificados como Staphylococcus aureus pela detecção do gene femA, apresentaram sensibilidade a todos os antibióticos testados e 100% de similaridade pela técnica de PFGE. Foi detectada a presença de genes que codificam as hemolisinas A e B e a enterotoxina H nos três isolados de S. aureus e em um deles ainda foram detectados os genes que codificam as enterotoxinas G e I. A pesquisa permitiu detectar S. aureus em linguiças frescais e a possibilidade de expressão de genes de enterotoxinas. A presença de isolados semelhantes geneticamente, identificados em amostras oriundas de açougues diferentes e de marcas distintas, indicam origem comum de contaminação ou difusão de linhagens particulares neste tipo de alimento. Ressalta-se portanto, a necessidade de se observar as condições de armazenamento do produto como a temperatura, para que quantidades expressivas de toxinas não sejam produzidas e se tornem risco para a ocorrência de surtos.

 

Palavras-chave: Produtos da Carne,Staphylococcus aureus, Análise Microbiológica,Testes de Sensibilidade Microbiana,Reação em Cadeia da Polimerase,Virulência.