
Câncer de mama e associação com composição corporal, prática de atividade física, resistência à insulina e perfil lipídico: estudo caso-controle
Este é o título da defesa pública de dissertação de Jordana Carolina Marques Godinho, que ocorrerá no dia 14/03/2016 às 14 h no(a) Miniauditório Jatobá.
RESUMO
O câncer de mama é a neoplasia mais comum e a principal causa de morte entre mulheres, em diferentes países, incluindo o Brasil, com etiologia multi-causal. Diante da sua crescente incidência e da complexidade dos seus fatores de riscoobjetivou-se comparar entre casos e controles a prática de atividade física, composição corporal, perfil glicêmico e lipídico de mulheres atendidas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG). Trata-se de um estudo caso-controle com 90 mulheres recém-diagnosticadas com câncer de mama e 164 controles, realizado entre 08/2014 a 01/2016. Os dados foram coletados utilizando-se um questionário pré-testado e padronizado, a composição corporal avaliada por meio do método absorciometria radiológica de feixe duplo (DXA) e amostras de sangue foram coletadas para caracterizar o perfil glicêmico e lipídico. A digitação dos dados em dupla entrada foi realizada no Epi-InfoTM 2014 e as analises estatísticas utilizando o software Stata for Windows (versão 12.0). As comparações das diferenças das médias entre os grupos foram analisadas pelo teste t de Student ou U- Mann Whitney e para as variáveis categóricas utilizou-se o qui-quadrado de Pearson. Todas as variáveis relacionadas ao desfecho (câncer de mama) com p<0,20 foram incluídas na regressão logística múltipla, obtendo-se os valores de Odds Ratio ajustados para as variáveis de confusão, considerando nível de significância menor que 0,05. Os resultados foram divididos conforme estado menopausal. O índice de conicidade foi diretamente associado ao câncer de mama enquanto a classificação da atividade física (categoria fisicamente ativas) foi inversamente associada tanto na pré como na pós-menopausa. Possuir Índices VAI e LAP acima do percentil 50 aumentou as chances de câncer de mama na pré-menopausa. Para as mulheres na pós-menopausa a resistência à insulina avaliada pelo HOMA-IR > 2,7 aumentou 2,98 vezes as chances de desenvolverem câncer de mama. Mulheres fisicamente inativas, com um maior índice de conicidade e resistência a ação de insulina apresentam maior chances de desenvolverem câncer de mama.
Palavras chaves: Fatores de Risco, Composição Corporal, Resistência à Insulina, Estado Pré-diabético, Atividade Física, Câncer de Mama.
Keywords: Risk Factors, Body Composition, Insulin Resistance, Prediabetic State, Motor Activity, Breast neoplasm.