Evolução do estado nutricional de crianças menores de cinco anos no estado de Goiás: 2010 a 2019
Autor(a): Maria das Graças Freitas de Carvalho
Orientador(a): Maria do Rosário Gondim Peixoto
Tipo de Trabalho de Conclusão: dissertação
Data da Defesa: 29/01/2021
Resumo:
Introdução: A vigilância do estado nutricional é fundamental para a construção e o monitoramento de políticas públicas que versem pela promoção da saúde e prevenção de agravos. Objetivos: Descrever e analisar a evolução do perfil antropométrico de crianças menores de cinco anos usuárias de unidades públicas de saúde, no período de 2010 a 2019 e verificar correlações com variáveis descritivas por macrorregiões de saúde, cadastradas no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional no estado de Goiás. Metodologia: Trata-se de estudo ecológico de série temporal, realizado a partir de dados secundários, na qual a unidade de análise foram as macrorregiões de saúde. Foi realizada caracterização das macrorregiões por meio de variáveis demográficas, socioeconômicas e de saúde. A evolução antropométrica foi pesquisada a partir dos indicadores de altura por idade e Índice de Massa Corporal por Idade. A variação percentual anual dos indicadores antropométricos por macrorregião e faixa etária estudada (0 a <2 anos e >2 a <5 anos), foi estimada por meio do método de regressão de Prais-Winsten. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para verificar correlações entre as variáveis antropométricas e os dados de caracterização das macrorregiões. Aplicou-se o General Linear Model para verificar diferenças entre as variáveis e as macrorregiões para o ano de 2019. Resultados: A prevalência de baixa estatura no estado de Goiás, ao longo da série histórica avaliada, apresentou tendência estacionária. A prevalência de excesso de peso, evidenciou tendência decrescente para as crianças menores de 2 anos e estacionária para as crianças maiores que 2 anos. Observou-se correlação direta entre a baixa estatura e a população residente (rho= 0,214; p<0,01) e correlação inversa com o Produto Interno Bruto per capita (rho= -0,078; p=0,03). O excesso de peso apresentou correlação direta com a densidade demográfica (rho=0,104; p=0,05). Não houve diferença significativa entre baixa estatura e excesso de peso e a macrorregião de saúde (p>0,05). Houve diferença significativa entre excesso de peso e baixa estatura entre as duas faixas etárias avaliadas (p<0,01). Conclusões: conclui- se que a prevalência de baixa estatura e excesso de peso apresentaram uma tendência estacionária, sendo observado que a população residente apresentou correlação direta com a baixa estatura/idade e inversa com o PIB per capita. A prevalência de excesso de peso por idade apresentou correlação direta apenas com a densidade demográfica.
Palavras-chave: Vigilância Alimentar e Nutricional; Sistemas de Informação em Saúde; Estado Nutricional; Crianças; Estudos de Séries Temporais