Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo no primeiro mês de vida do bebê

Autor(a): Rayanne Maciel Fernandes Cavalcante

Orientador(a): Ana Amélia Freitas Vilela

Tipo de Trabalho de Conclusão: dissertação

Data da Defesa: 08/03/2022

Resumo:

Introdução: Amamentar é um processo complexo que envolve profunda interação entre mãe e filho, condição que repercute diretamente no estado nutricional da criança. O Aleitamento Materno Exclusivo (AME) encontra diversos problemas e baixa prevalência. Investigações sobre fatores que influenciam nas práticas do AME no início da vida são importantes para evitar o desmame ou introdução precoce de outros alimentos. Objetivo: Comparar os potenciais fatores relacionados ao aleitamento materno exclusivo e não exclusivo em bebês no seu primeiro mês de vida. Métodos: Trata-se de uma coorte de nascimentos, com participantes de Goiânia-GO acompanhadas em três momentos: a) 35 a semana gestacional, b) sete a quinze dias pós-parto e c) primeiro mês de vida do bebê. Foram incluídas no estudo, mulheres de 20 a 40 anos, de gestação única e sem doenças infecciosas que comprometessem os resultados do estudo. A coleta de dados aconteceu entre fevereiro de 2021 a fevereiro de 2022. Os formulários foram aplicados via telefônica, contendo perguntas relacionadas ao aleitamento materno, dados sociodemográficos, estilo de vida, cuidados gerais e saúde da criança, introdução de outros líquidos, uso de chupeta e saúde mental, como potenciais fatores relacionados ao AME. Médias (Desvio-Padrão) e frequências (n/%) foram realizadas para análises descritivas. Teste Qui-Quadrado foi utilizado para comparar o tipo de aleitamento materno praticado com as variáveis categóricas e o teste de Mann-Whitney para as variáveis contínuas. Resultados: Foram avaliadas 82, 44 e 24 mulheres no primeiro, segundo e terceiro seguimento, respectivamente. A prevalência do AME reduziu do segundo para o terceiro seguimento (77,21% vs 58,82%). A média (desvio-padrão) da idade dessas mulheres foi de 27,3 (5,2) anos, a maioria se declarou de cor parda [72,0% (n=59)], 52,3% (n=23) amamentaram outra criança anteriormente e 52,5% (n=23) relataram ter dificuldades para amamentar. O AME foi predominantemente em mulheres de cor parda, branca e preta em relação às pardas (p=0,018), maior número de gestação (p=0,018), ter amamentado anteriormente (p=0,035) e não ter dificuldade para amamentar (p=0,029). Conclusão: Este estudo mostrou que a baixa prevalência do aleitamento materno exclusivo foi semelhante aos estudos nacionais e internacionais. E que fatores como cor da pele, dificuldade em amamentar, número de gestações entre outros foram associados ao aleitamento materno não exclusivo.

Palavras-chave: Aleitamento; Amamentação; Fatores Associados; Puerpério; Estudo Observacional