Sintomas de ansiedade e ganho de peso em gestantes usuárias da atenção primária à saúde de Goiânia-Goiás

Autor(a): Maria Luiza de Moura Rodrigues

Orientador(a): Ana Amélia Freitas Vilela

Tipo de Trabalho de Conclusão: dissertação

Data da Defesa: 26/02/2024

Resumo:

Objetivo geral: Investigar a associação entre a presença de sintomas de ansiedade e ganho de peso atual de gestantes da Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma coorte com 170 gestantes captadas no último trimestre gestacional (a partir de 35 semanas), no âmbito da APS de Goiânia-Goiás. As entrevistas ocorreram via telefônica por questionário. Os sintomas de ansiedade foram investigados pelo Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e os dados antropométricos reportados pela mulher ou coletados do cartão da gestante. Foram avaliadas como covariáveis a idade (anos), classe econômica (ABEP), nível de escolaridade, estado civil, número de gestações, idade gestacional e a prática de atividade física. Para análise dos dados foram realizados os testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, qui-quadrado, exato de Fisher e regressão logística, considerando p<0,05. Resultados: A maioria das participantes tinha entre 20 e 29 anos, 12 anos ou mais de estudo (72,89%), pertenciam à classe econômica C (66,47%), viviam com companheiro (68,82%) e não tinham desejo de engravidar (58,82%). Em relação ao IMC pré-gestacional, 50% das gestantes estavam com excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e 62,72% com ganho de peso atual acima da recomendação. Não foram encontradas diferenças entre o ganho de peso gestacional atual e a presença de sintomas de ansiedade (p>0,05). Porém, foram encontradas diferenças entre os sintomas de ansiedade e o desejo de engravidar (p<0,05). No modelo de regressão logística ajustada não foi encontrada influência do ganho de peso gestacional atual classificado como abaixo e acima do recomendado com os sintomas de ansiedade das gestantes (p>0,05) (n=148). Apesar disso, foram encontradas associações entre os sintomas de ansiedade e a idade gestacional de 38 semanas (p<0,01). Como também com as classes econômicas C2 (p<0,01) e D-E (p<0,02). Conclusão: O ganho de peso gestacional atual não se associou aos sintomas de ansiedade das gestantes.

Palavras-chave: Gestação; Ansiedade; IMC; Ganho de peso; Saúde pública