Análise exploratória da fragilidade e polimorfismos de único nucleotídeo em pacientes com Doença Renal Crônica

Autor(a): Hellen Christina Neves Rodrigues

Orientador(a): Nara Aline Costa

Tipo de Trabalho de Conclusão: tese

Data da Defesa: 14/08/2024

Resumo:

O objetivo deste estudo foi identificar se polimorfismos de único nucleotídeo (SNPs) relacionados a vitamina D, individualmente ou combinados em um escore de risco genético (ERG), estão associados ao fenótipo de fragilidade e desfechos clínicos desfavoráveis em pacientes com doença renal crônica (DRC). Trata-se de um estudo longitudinal com pacientes com DRC não dialítica, estágios 3b-5, com idade entre 21 e 80 anos e de ambos os sexos. Foram avaliadas variáveis clínicas, antropométricas e bioquímicas. Em uma subamostra (n=22) foram genotipados oito SNPs previamente associados à concentração de vitamina D, além da dosagem da 25(OH)D por quimioluminescência. O ERG foi calculado codificando cada um dos SNPs como a soma das frequências dos alelos de risco. A pontuação foi distribuída em classes entre 0 (ausência de alelos de risco) e 16 (presença de todos os alelos de risco). A fragilidade foi mensurada pelo fenótipo de fragilidade física. Os desfechos considerados foram internação não eletiva e mudança no estadiamento da DRC ao longo de 18 meses. Foram incluídos 198 pacientes, com 65 (57-71) anos; 50,5% eram mulheres. Cerca de 33% apresentaram fragilidade e 68% tinham deficiência de 25(OH)D. A pontuação do ERG desenvolvido foi de 6 (5-7) pontos. Identificamos maior ERG em pacientes que evoluíram com progressão da DRC [9 (7-10) versus 6 (5-7); p=0,034]. Após análise de regressão logística ajustada, observamos que ser carreador do genótipo AG rs4149448 foi um fator associado à maior chance de fragilidade [OR: 8,8 IC95% 1,048-74,733; p=0,045]. Em conclusão, a análise isolada dos SNPs de vitamina D identificou que o rs4149448 está associado ao aumento de quase 10 vezes nas chances de apresentar fragilidade. Além disso, maiores valores do ERG identificaram pacientes com pior evolução clínica.

Palavras-chave: Doença renal crônica; Fragilidade; Vitamina D; Polimorfismos de único nucleotídeo.